terça-feira, 30 de abril de 2013

MÚSICAS DO MUNDO

E a música de hoje é...
(30 de Abril de 1983, morre o compositor, cantor de blues e guitarrista norte-americano, 
influência maior da nova música popular, Muddy Waters)

MUDDY WATERS - «I've Got My Mojo Working»
I've Got My Mojo Working by Muddy Waters on Grooveshark
Poet'anarquista


EU TENHO O TRABALHO DO MEU ÁLBUM

Eu tenho o trabalho do meu álbum, simplesmente não funciona em você
Eu tenho o trabalho do meu álbum, simplesmente não funciona em você
Eu quero amar você, é tão ruim, não sei o que fazer

Eu estou indo para Louisiana para me dar uma mão no álbum
Eu estou indo para Louisiana para me dar uma mão no álbum
Vou ter todas as mulheres aqui no meu comando

Eu tenho uma mulher cigana, me deu conselhos
Eu tenho uma mulher cigana, me deu conselhos
Tenho lotes inteiros de truques, mantenho aqui no gelo

Eu tenho o trabalho do meu álbum
Eu tenho o trabalho do meu álbum
Eu tenho o trabalho do meu álbum
Eu tenho o trabalho do meu álbum

Eu tenho o trabalho do meu álbum, simplesmente não funciona em você 

Muddy Waters


segunda-feira, 29 de abril de 2013

FINAL DA TAÇA AMIZADE

A final da Taça Amizade do Inatel vai disputar-se no dia 5 de Maio de 2013, no Estádio Cunha Rivara em Arraiolos, entre as equipas do Alandroal United e de S. Bento do Ameixial. Uma breve retrospectiva sobre esta final, com publicação de uma pequena biografia sobre a vila de Arraiolos e a importante figura pública que foi Cunha Rivara, assim como foto do Estádio Municipal e das equipas finalistas.
Poet'anarquista
Cunha Rivara
Médico, Professor e Deputado
SOBRE CUNHA RIVARA…

Joaquim Heliodoro da Cunha Rivara foi filho de uma linhagem não portuguesa, uma mistura de famílias italiana e espanhola. Nasceu em Portugal, em Arraiolos, região famosa pelos seus tapetes, em 23 de Junho de 1809. (…) 

Cunha Rivara, além de uma rua com o seu nome, tem também um agrupamento de escolas a ele dedicado. Embora formado em Medicina pela Universidade de Coimbra, tal como fora o caso do seu pai, começou a sua carreira como professor de Filosofia nas escolas, e serviu como bibliotecário na Biblioteca Pública de Évora. Foi eleito deputado para a Real Câmara dos Deputados em 1853, e terminou a sua carreira como secretário do Governo e comissário de Estudos na Índia Portuguesa. Ficou quase 22 anos na Índia e regressou a Portugal em 1877, onde morreu dois anos depois, sem qualquer sinal visível de reconhecimento público. Não era de admirar perante a tradição portuguesa de ciúme e inveja que o célebre jesuíta luso-brasileiro António Vieira descreveu no seu estilo inimitável: «Lusitânia, assim chamada, porque não deixa a ninguém luzir.» Este será o primeiro de uma série de artigos que lhe irei dedicar, no decorrer deste ano, para lembrarmos este administrador-historiador que deixou a sua marca em Goa, combinando patriotismo com investigação e estudos. 

Ao contrário de portugueses com mentalidade colonial e interessados em implantar a língua portuguesa, ignorando ou desprezando as culturas nativas, Cunha Rivara acreditava que a língua portuguesa só podia ser mais bem difundida em Goa através das línguas vernáculas dos goeses, nomeadamente o concani e o marata, como meio da instrução pública. Logo após a sua chegada a Goa, Cunha Rivara transmite esta sua convicção numa conferência de inauguração da Escola Normal em Nova Goa (Panjim), em 1 de Outubro de 1856. O texto da sua conferência saiu publicado no Boletim do Governo, n.º 78.

Dois anos mais tarde, em 1858, produziu o seu Ensaio Histórico da Língua Concani. Ao contrário de muitos outros textos portugueses que não encontraram tradutores, A. K. Priolkar decidiu incluir uma tradução do Ensaio como Parte II do seu livro The Printing Press in India (Bombay, Marathi Samshodhana Mandala, 1958, pp. 141-236) para comemorar o centenário da sua publicação, e como parte das celebrações do 4.º centenário da introdução da invenção de Gutenberg em Goa. 
Fonte: http://ciberduvidas.pt/textos/lusofonias/11264

Estádio Municipal de Arraiolos
Cunha Rivara
VILA DE ARRAIOLOS

Arraiolos é uma vila portuguesa situada no Distrito de Évora, região Alentejo e sub-região do Alentejo Central, com cerca de 3 380 habitantes.

É sede de um município com 684,08 km² de área e 7363 habitantes, subdividido em 7 freguesias. O município é limitado a norte pelos municípios de Mora e Sousel, a leste por Estremoz, a sul por Évora, a sudoeste por Montemor-o-Novo e a noroeste por Coruche.
Arraiolos possui muitos locais de interesse dos mais variados tipos. No que toca a aspectos Histórico-Culturais destaca-se o Castelo de Arraiolos, um dos únicos castelos circulares do Mundo, a Pousada de Nossa Senhora da Assunção, a Igreja Matriz e a Igreja da Misericórdia de Arraiolos e a Igreja Matriz de Vimieiro, a Ermida de São João do Campo, Santana do Campo, o Palaácio da Sempre Noiva de Arraiolos e o Palácio dos Condes de Vimieiro, Vimieiro, de destacar também o Pelourinho de Arraiolos e todo o centro histórico. No património Paisagistico de destacar, entre várias, a Albufeira do Divor e a Zona de Vale de Paio, zona de passagem do Rio Divor, acessível através Ecopista de Arraiolos.

Artesanato

De destacar os Tapetes de Arraiolos, com séculos de história, bordados à mão por gerações e gerações de bordadeira, fazem parte do artesanato mais conhecido de Portugal, estando a ser preparada a sua candidatura a Património Da Humanidade.

O Concelho é rico em Montado e os artigos em cortiça fazem parte do Artesanato Local. Destacam-se igualmente artigos em barro.
Fonte: http://www.flickr.com/
Associação Alandroal United
Emblema

Equipa do Alandroal United
Finalista da Taça Amizade
Em cima/esq: Roger, Zé Pinto, Tó, Travanca, Balixa
Em baixo/esq: Gira, Palma, Frederico, Bruno, Salgueiro



Equipa de S. Bento do Ameixial
Finalista da Taça Amizade

Contamos com o vosso apoio na final...
Viva o United!

MÚSICAS DO MUNDO

E a música de hoje é...
(29 de Abril de 1941, nasce a cantora brasileira Nana Caymmi)

NANA CAYMMI - «Fascinação»
Facinação(Facination) by Nana Caymmi on Grooveshark
Poet'anarquista


FASCINAÇÃO

Os sonhos mais lindos sonhei
De quimeras mil um castelo ergui
E no teu olhar
Tonto de emoção
Com sofreguidão
Mil venturas previ
O teu corpo é luz, sedução
Poema divino cheio de esplendor
Teu sorriso prende, inebria, entontece
És fascinação, amor

Os sonhos mais lindos sonhei
De quimeras mil um castelo ergui
E no teu olhar
Tonto de emoção
Com sofreguidão
Mil venturas previ
O teu corpo é luz, sedução
Poema divino cheio de esplendor
Teu sorriso prende, inebria, entontece
És fascinação, amor

Nana Caymmi

domingo, 28 de abril de 2013

PAISAGEM DE JOSÉ MALHOA

28 de Abril de 1855, data de aniversário do pintor português José Malhoa. Recorda-se neste espaço com a publicação da obra «Paul da outra Banda», de 1885.
Poet'anarquista
«Paul da outra Banda»
José Malhoa (1885)

MÚSICAS DO MUNDO

E a música de hoje é...
(28 de Abril de 2007, morre o compositor e saxofonista norte-americano, Tommy Newsom)

TOMMY NEWSOM & KEN PEPLOWSKI
«All Alone»

sábado, 27 de abril de 2013

CARTOON versus QUADRAS

Discurso do Presidente
HenriCartoon

«O DISCURSO DO PRESIDENTE»

Ó Canibal, não achas o teu discurso
Tendenciosamente pró alaranjado?...
O Zé Povinho fazendo figura d’urso,
E tu com ar de Presidente Acabado…

-Também tu, minha quedida Madia?
Já devias sabed que sou apadtidádio…
O 25 de Abdil é pda mim uma utopia,
A data não consta do meu calendádio!

Traduzindo... 

Também tu, minha querida Maria?
Já devias saber que sou apartidário…
O 25 de Abril é pra mim uma utopia,
A data não consta do meu calendário!

POETA

MÚSICAS DO MUNDO

E a música de hoje é...
(27 de Abril de 2007, morre o violoncelista e maestro russo Mstislav Rostropovitch)

MSTISLAV ROSTROPOVITCH  
«Concerto para Violoncelo em Mi Bémol»

POESIA - JOSÉ WATANABE

O poeta peruano José Watanabe Varas, nasceu em Laredo, Trujillo, departamento da Liberdade, a 17 de Março de 1945. Poeta autodidata, foi também roteirista, guionista de cinema e teatro, e autor de documentários para televisão. É considerado um dos mais importantes escritores de poesia contemporânea em castelhano, muito reconhecido na América Latina e Espanha. José Watanabe faleceu em Lima, no Perú, a 25 de Abril de 2007.
Poet’anarquista
José Watanabe Varas
Poeta Peruano
Poeta e Roteirista

José Watanabe nasceu em 1946 em Laredo, departamento da Liberdade, ao norte do Peru. Sua mãe Paula Varas, uma peruana das montanhas e seu pai Harumi Watanabe, japonês que aprendeu a arte do haiku.

Watanabe teve uma infância muito pobre, seus pais trabalhavam como agricultores numa plantação de açúcar no norte do país, até que o destino lhes tocou em sorte: eles ganharam na loteria de Lima e Callao e viajaram a Trujillo, capital da província. 

Estabeleceu-se em Lima para prosseguir os estudos superiores em arquitetura, mas dois anos depois acabou por desistir do curso. A sua formação foi essencialmente autodidata que desenvolveu não só como poeta, mas também como roteirista e em documentário, escritor de história infantil e dramaturgo.

A sua experiência começou com a poética «Álbum de Família», publicado em 1971, obra que lhe rendeu o Prémio jovem poeta do Peru.

A sua obra poética é uma das mais belas e cativantes da poesia contemporânea em língua castelhana.
José Watanabe publicou cinco poemários: «Album de Família, «O Fuso da Palavra», «História Natural», «Coisas do Corpo» e «Habitou entre Nós». Entre as antologias que recolhem a sua obra, destacamos «O Guardião do Gelo», publicada pelo Grupo Editorial Norma, e «Path Trough the Canefields», publicada em língua inglesa. O seu poemário «O Guardião do Gelo» recebeu o Prémio especial «Lezama Lima» outorgado pela Casa das Américas em Cuba.

Para o teatro, escreveu Antígona numa personalíssima versão da clássica tragédia de Sófocles. Escreveu também o roteiro de películas como «A Cidade e os Cachorros», dirigida por Francisco Lombardi, uma adaptação da primeira novela de Mário Vargas Llosa; «Maruja no Inferno», também de Francisco Lombardi baseada na novela «Não uma, senão muitas mortes» de Enrique Congrains; «Alias a Gringa», de Alberto Durant, película baseada num delinquente que se tornou conhecido pela sua habilidade para escapar dos cárceres peruanos; e finalmente «Reportagem à Morte», dirigida por Danny Gavidia, baseada num dramático motim no cárcere de Lima, «O Sexto».

Hoje é considerado uma das vozes essenciais da poesia contemporânea em castelhano, um reconhecimento crescente na América Latina e Espanha.

José Watanabe morreu em Lima em 25 de abril de 2007
Fonte: www.lecturalia.com

RESPONSO ANTE O CADÁVER DE MINHA MÃE

Falta alegria neste cadáver.
Que culpa tão imensas
que falta alegria a um cadáver.
Quer-se trazer algo radiante ou agradável
(eu recordo
sua felicidade de anciã comendo um bife macio),
mas Dora ainda não voltou do mercado.

Falta alegria neste cadáver,
alguma alegria pode ainda entrar em sua alma
que está estendida sobre seus pés de pó?

Que inúteis somos
ante um cadáver que se retira tão desolado.
Já não podemos consertar nada. Alguém guarda ainda
essas diminutas maçãs de pobre
que ela confeitava e em suas mãos generosas
pareciam vindas de uma árvore esplêndida.

Já está se retirando com seu anel de viúva.
Já vai embora, e não lhe prometas nada:
Vai provocar nela uma frase sarcástica
e lapidária que, como sempre, te deixará feito um idiota.
Já vai embora com seu costume de ir dançando
pelo caminho
para balançar o filho que levava nas costas.
Onze filhos, Senhora Coelha, e nenhum sabe que diabos fazer
para que seu cadáver recupere a alegria.

José Watanabe

PAISAGEM IMÓVEL

Mais ambulantes que os homens
ou mais desalojados
são os infinitos desertos de meu país.
Ainda não encontraram um lugar
para estabelecer-se, e continuamente viajam
assim
se elevam a 10 centímetros do chão
e avançam pairando
como uma suave maré
de areia.
Pelas quatro da tarde, com o vento,
cruzam as rodovias, e nós viajantes
escutamos
seus sussurros:
talvez não haja lugar algum na terra
onde acomodar os trastes
e os ossos.
De noite as dunas se retraem como quermesse,
e sob a lua dos despossuídos
parecem gigantes de espáduas largas
que meditam uma pátria enquanto defecam.

José Watanabe

SOBRE A LIBERDADE

 Pela manhã compraram um pássaro
 como se compra uma fruta
 um ramo de flores.

 Dizem que Hokusai comprava pássaros para libertá-lo0s.

 Também  Da Vinci
 mas medindo-lhes o impulso e o rumo.

 Possivelmente na infância eu tenha pintado pássaros
 mas jamais lhes falei da relação exata com os aviões.

 Estou tentando liberar este pássaro
 para devolver-lhe
 seu direito de morrer no vento.

 Vão me exigir motivos.

 Sentirei a obrigação de falar sobre a liberdade,
 mas a família que é bem lógica
 dirá que apenas só
 com o vento
 a ver que faço.

José Watanabe

sexta-feira, 26 de abril de 2013

MÚSICAS DO MUNDO

E a música de hoje é...
(26 de Abril de 1984, morre o compositor e pianista de jazz norte-americano, Count Basie)

COUNT BASIE - «The Kid From Redbank»

quinta-feira, 25 de abril de 2013

ESPECIAL MÚSICAS DO MUNDO

E a música especial de hoje é...

Três Cantos ao Vivo - «Eu vi este Povo a Lutar»

FAUSTO * JOSÉ MÁRIO BRANCO * SÉRGIO GODINHO


EU VI ESTE POVO A LUTAR
(Confederação)

Letra e música: José Mário Branco

Eu vi este povo a lutar
Para a sua exploração acabar
Sete rios de multidão
Que levavam História na mão

Sobre as águas calmas
Um vulcão de fogo
Toda a terra treme
Nas vozes deste povo

Mesmo no silêncio
Sabemos cantar
Povo por extenso
É unidade popular

Somos sete rios
Rios de certeza
Vamos lá cantando
No fragor da correnteza

Eu vi este povo a lutar
Para a sua exploração acabar
Sete rios de multidão
Que levavam História na mão

A fruta está podre
Já não se remenda
Só bem cozidinha
No lume da contenda

Nós queremos trabalho
E casa decente
E carne do talho
E pão para toda a gente

Ai, meus ricos filhos
Tantos nove meses
Saem do meu ventre
Para a pança dos burgueses

Eu vi este povo a lutar
Para a sua exploração acabar
Sete rios de multidão
Que levavam História na mão

Alça meu menino
Vê se te arrebitas
Que este peixe podre
Só é bom para os parasitas

Só a nosso mando
É que há liberdade
Vamos lá lutando
P’ra mudar a sociedade

Bandeira vermelha
Bem alevantada
Ai minha senhora
Que linda desfilada

Eu vi este povo a lutar
Para a sua exploração acabar
Sete rios de multidão
Que levavam História na mão

Três Cantos ao Vivo

39º ANIVERSÁRIO

39º Aniversário da Revolução dos Cravos
25 d'Abril de 1974 * 25 d'Abril de 2013

Poet'anarquista

CARTOON versus QUADRAS

Entre Grades
HenriCartoon

«ENTRE GRADES»

Exijo-lhe senhor guarda prisional
Uma cela com boas comodidades,
Direito a bom charuto, café e jornal…
Entre grades sinto muitas saudades!

Ó amigo, aqui a lei é pra todos igual,
As celas são do lado de fora das grades,
Toca a sair que cá dentro está-se mal...
Em nome da justiça, umas boas tardes!

POETA

25 DE ABRIL SEMPRE!

25 d'Abril Sempre!
Poet'anarquista

O DIA DA LIBERDADE

25 de Abril de 1974
25 de Abril de 2013

O DIA DA LIBERDADE!

JPGalhardas cantando acapella (1987) «Na Catedral de Lisboa», de Zeca Afonso

Desenhos e Pinturas de JPGalhardas/ Vídeo Arca da Fonte 2012/ Poet'anarquista


ABRIL DOS CRAVOS

Abril dos vermelhos cravos libertado
Devolves-te a esperança quase perdida,
A um povo que jazia amordaçado
Numa pátria há muito já esquecida...

Abril das palavras que se soltaram
Nos corações que pareciam não bater,
Ao mundo inteiro bem alto gritaram
Tudo quanto era preciso não esquecer!  

Abril de revolução das nossas gentes
Enchendo as ruas com abraços fraternos...
Muitos sorrisos, tantos olhares contentes,
Momentos que sempre nos serão eternos!!

Abril!... pode ser outro mês qualquer
 De amor intenso e fraternidade,    
Abril será quando um homem quiser
Amar em cada instante a liberdade!!!

Matias José  

Salgueiro Maia
Capitão d'Abril

São cravos, d' Abril os cravos
Que se fala com desgosto...
Fizeram dos pobres escravos,
Escorrem lágrimas p'lo rosto!

Eis que vos trago floridos
Cravos vermelhos de Abril,
Regados com águas mil
Pra não serem esquecidos.
Libertaram-se os oprimidos
Prisioneiros feitos escravos,
Por um Movimento de bravos
Conquistaram-se as liberdades...
Nos campos, vilas e cidades
São cravos, d' Abril os cravos!

Os Ideais estavam traçados
Para a revolução se cumprir,
E os cravos poderem florir
Nos corações esperançados.
Mas vampiros esfomeados
Aos poucos, deixam Abril exposto,
Esse sonho lindo quase morto
Ninguém mais o quis comandar...
É uma Primavera a murchar
Que se fala com desgosto!

Começam então por atraiçoar
Princípios sagrados da revolução,
O sofrimento de uma nação
Quarenta e oito anos a penar.
Abril acaba assim a asfixiar
 Do saque aos últimos centavos,
Portugal então sem chavos
Resolve vender-se à TROIKA...
Está cozinhada a paparoca,
Fizeram dos pobres escravos!

As conquistas fundamentais
Que se julgavam garantidas,
Depressa foram esquecidas
Por governantes irracionais.
Vários danos colaterais
Sempre em sentido oposto,
Aos ideais do Abril proposto
Acabaram por nos tramar...
Vejo um povo a sufocar,
Escorrem lágrimas p'lo rosto!

Matias José

ESPECIAL MÚSICAS DO MUNDO

E a música especial de hoje é...
(25 de Abril de 1974, o dia da Liberdade)

ZECA AFONSO - «Grândola, Vila Morena»
Grandola Vila Morena by José Afonso on Grooveshark
Poet'anarquista

GRÂNDOLA, VILA MORENA

Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade

Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena

Em cada esquina, um amigo
Em cada rosto, igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade

Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto, igualdade
O povo é quem mais ordena

À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola, a tua vontade

Grândola a tua vontade
Jurei ter por companheira
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade

Zeca Afonso

quarta-feira, 24 de abril de 2013

CARTOON versus QUADRAS

Caça Grossa
HenriCartoon

«CAÇA GROSSA»

Zé do Povinho, temos boas notícias…
A caça aos contratos escandalosos
Em empresas públicas meio fictícias,
Vai terminar com os gastos ruinosos…

Posso adiantar que pusemos ao fresco
Dois dos nossos secretários d’ Estado
Envolvidos num negócio principesco…
Quem não se portar bem, será caçado!

-Porreiro pá, começa então por dar caça
Aos idiotas que nos venderam à Troika
E acaba de vez com essa maldita raça…
 A minha paciência começa a ser pouca!

POETA

MÚSICAS DO MUNDO

E a música de hoje é...
(24 de Abril de 1990, morre o compositor e músico de jazz norte-americano Dexter Gordon)
 
DEXTER GORDON - «The Panther»

terça-feira, 23 de abril de 2013

MÚSICAS DO MUNDO

E a música de hoje é...
(23 de Abril de 1891, nasce o compositor russo Sergei Prokofiev)

SERGEI PROKOFIEV - «Romeu e Julieta»

segunda-feira, 22 de abril de 2013

MÚSICAS DO MUNDO

E a música de hoje é...
(22 de Abril de 1950, nasce o cantor e guitarrista britânico Peter Frampton)

PETER FRAMPTON - «Show Me The Way»
Show Me The Way by Peter Frampton on Grooveshark
Poet'anarquista


ME MOSTRE O CAMINHO

Fico pensando em como você está
Como se algo sussurrasse em meus ouvidos
Mas não há som algum além do mar

Em quem eu posso acreditar?
Eu estou de joelhos no chão
Será que é uma “força”
Que me diz pra quem telefonar?

As estrelas estão brilhando lá fora
Mas o que queria mesmo saber

Eu quero que você me mostre o caminho, todos os dias.
Eu quero você. Me mostre o caminho.

Mas eu não vejo razão
Pra você viver tão nervosa
Quando um copo é derrubado e eu fico submergido

Estou nadando em círculos
Sinto que vou cair
Tenho que ser mesmo um tolo pra jogar meu jogo

Alguns pensam em curar-se
Mas o que queria mesmo saber

Eu quero que você me mostre o caminho, todos os dias.
Eu quero você. Me mostre o caminho.
Eu quero você dia após dia

Imagino se sonharei
Me sinto tão desinibido
Não acredito que isso está acontecendo comigo

Fico te observando adormecida
E então eu quero ter o seu amor

Eu quero que você me mostre o caminho, todos os dias.
Eu quero você me mostre o caminho, mais uma vez

Eu quero você dia após dia

Eu quero que você me mostre o caminho, todos os dias
Eu quero você me mostre o caminho, noite e dia
Eu quero você dia após dia

Peter Frampton

domingo, 21 de abril de 2013

MÚSICAS DO MUNDO

E a música de hoje é...

BROTHERS VAUGHAN - «Good Texan»
Good Texan by The Vaughan Brothers on Grooveshark
Poet'anarquista


BOA TEXANO

Diga-me coisas como uma cowgirl
Que eu vou fazer truques para você como um cowboy deve
Você está deitando romântica no feno
Eu preciso de você hoje à noite, meio em uma nova forma
Quando você olha para mim com aqueles olhos
Isso me faz começar a fantasiar

Fazê-lo para mim como eu sei que você poderia
Então eu posso fazer isso com você, baby como um texano deve

Lendo a faixa eu penso em você
Eu cavo o pimentão você sabe que é verdade
Ganhe muito dinheiro e deposite no banco
que o Longhorn Caddy tem um grande tanque

Faça para mim como eu sei que você poderia
Então eu posso fazer isso com você, baby como um texano deve

Bem, você é o tipo de mulher que está acima do resto
Bem, nada para mim, mas o melhor
Você diz que precisa de um cara que realmente
Pode fazer isso com você como um bom homem texano

Guarda-roupa enorme de roupas de cowboy
Topo da minha cabeça até a ponta dos meus dedos
Ah você é tão bom com o meu chapéu com franja
Então coloque nas minhas botas muita adrenalina

Não para mim, como eu sei que você poderia
Eu faço para você como um texano deve
Faça para mim, baby, como eu sei que você pode
Então eu posso fazer isso pra você como um bom texano deve

Brothers Vaughan

sábado, 20 de abril de 2013

TAÇA AMIZADE

INATEL - TAÇA AMIZADE

20 de Abril de 2013/ Jogo às 16:00 em Montoito

Montoito 1  Alandroal United 1

Inatel - Taça Amizade  
O Onze para o Jogo de Hoje

Seja qual for o resultado deste jogo, o Alandroal United já está na Final da Taça Amizade que se irá realizar no dia 5 de Maio, no estádio Cunha Rivara em Arraiolos. Contamos com o vosso apoio na final!
Poet'anarquista

MÚSICAS DO MUNDO

E a música de hoje é...

LED ZEPPELIN - «Moby Dick»
Poet'anarquista

sexta-feira, 19 de abril de 2013

FORAIS MANUELINOS - 500 ANOS

Festejos - 500 Anos dos Forais Manuelinos
Juromenha 2012 Alandroal 2016 Terena

Por graça de Deus, do Rei de Portugal e dos Algarves, d’aquém e d’além mar em África. Senhor da Guiné e da conquista e navegação e comércio de Etiópia, Arábia, Pérsia e da Índia e a todos quantos esta nossa carta de foral vem dar à nossa Vila de Juromenha, fazemos saber que por bem dás…

Foral da Vila de Juromenha
Dom Manuel por Graça de Deus

Por graça de Deus, do Rei de Portugal e dos Algarves, d’aquém e d’além mar em África e Senhor da Guiné e da conquista e navegação e comércio de Etiópia, Arábia, Pérsia e da Índia, a quantos esta nossa carta de foral dada para todo o sempre à Vila de Alandroal, vem fazer saber que por bem das sentenças e determinações gerais…

Foral da Vila de Alandroal
Dom Manuel por Graça de Deus

Por graça de Deus, do Rei de Portugal e dos Algarves, d’aquém e d’além mar em África, Senhor da Guiné e da conquista e navegação e comércio de Etiópia, Arábia, Pérsia e da Índia, a quantos esta nossa carta de foral dada para sempre à Vila de Terena…

Foral da Vila de Terena
Dom Manuel por Graça de Deus

Forais Manuelinos/ 500 Anos
Poet'anarquista

CARTOON versus QUADRA

Menos estrilho, por favor!
HenriCartoon

«MENOS ESTRILHO, POR FAVOR!»

(Ouvem-se então alguns impropérios,
Seguidos de cortes deveras sinistros!)

-A sétima arte é pra estes hemisférios?...

Sim, em cena o Conselho de Ministros!!

-Façam menos estrilho, se faz favor...
Isto até parece um filme de terror!!!

POETA

MÚSICAS DO MUNDO

E a música de hoje é...

BUDDY GUY - «Innocent Man»
Innocent Man by Buddy Guy on Grooveshark
Poet'anarquista


HOMEM INOCENTE

Eu sou, eu sou inocente
Eu sou, eu sou inocente

Você sabe sobre isso
Você certamente não sabe
Mas eu acho que
Provavelmente você vai entender-se

Eu não tive a chance de me defender
eu espero que o torne melhor para alguém
Você disse que eu estava usando PCP
É por isso que tudo estava batendo em cima de mim

Eu sou um homem inocente
Que eu sou um homem inocente

Você sabe sobre isso
Você certamente não sabe
Mas eu acho que
provavelmente você vai entender-se

Indo ao centro
Para Kansas Stew
Traz de volta o primo de segundo grau
Joãozinho Cocheroo

Agora, não é um homem
Que soletra mmm, filho aaa, nnn
Eu soletro homem
No B, ó filho, Y
Feitiço menino mannish 
Eu sou um homem
Eu sou um homem feito
Eu sou um homem
Eu sou um Hoochie Coochie Man 
Eu sou um brrrrr

Buddy Guy

quinta-feira, 18 de abril de 2013

PINTURA - JEAN BAPTISTE DEBRET

O pintor francês Jean Baptiste Debret, nasceu em Paris a 18 de Abril de 1768. A sua extensa obra retrata a natureza, o homem e a sociedade brasileira dos princípios do séc. XIX. Um dos seus trabalhos viria a servir de base para definir as cores e formas geométricas da atual bandeira da república brasileira. Debret faleceu em Paris, a 28 de Junho de 1848.
Poet'anarquista
«Auto-Retrato»
Debret

«Trabalhando em Ateliê no Rio de Janeiro»
Debret
SOBRE O PINTOR…

Jean Baptiste Debret nasceu em Paris, na França, em 18 de abril de 1768. Formado pela Academia de Belas Artes de Paris, Debret foi um dos membros da Missão Artística Francesa ao Brasil, organizada a pedido do rei D. João VI. Liderada por Joachim Lebreton, a missão era composta também pelo arquiteto Charles-Simon Pradier e pelo paisagista Nicolas-Antonine Taunay e seu irmão, o escultor Auguste Marie Taunay.

Debret era primo de Jacques-Louis David (1748-1825), chefe da escola neoclássica francesa, com quem estudou e por quem foi influenciado. Como pintor oficial do Império, Debret desenhou a bandeira do Brasil com a cor verde e o losango amarelo que permaneceram na bandeira republicana.

O artista chegou ao Rio de Janeiro em março de 1816 e ficou no Brasil até 1831. Ele decidira deixar Paris por causa da derrota de Napoleão e a perda do seu único filho.

Seu trabalho retrata o cotidiano, o processo de independência do Brasil e os primeiros anos do governo de D. Pedro I. Uma das suas obras mais conhecidas é um quadro de D. João VI em tamanho real.

Além de pintar retratos da família real, como uma grande tela sobre a coroação de D. Pedro I, ele lecionou na Academia Imperial de Belas Artes do Rio de Janeiro. Em 1829 montou a primeira exposição de artes do Brasil, com os trabalhos dos alunos.

Após regressar a França, publicou entre 1834 e 1839, uma série de gravuras reunidas em três volumes. A preocupação documental do artista é evidente nas páginas da «Voyage Pitoresque et Historique au Brésil ou Séjour d'un Artiste Français au Brésil» (Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil ou Estadia dum Artista Francês no Brasil). Morreu em 11 de Junho de 1848, na sua cidade natal.

Com um colorido harmonioso, a obra tem um enfoque historiográfico e procura traçar um painel do Rio de Janeiro. Trata-se de um dos poucos registos dos usos e costumes do Brasil nos primeiros anos do século XVIII.

Sem o seu trabalho, não haveria imagens mostrando o sofrimento dos escravos ou como era a vida da população brasileira nas ruas e até mesmo em suas casas. Desenhista atento às questões sociais, o artista conferiu também dignidade aos índios que retratou com grande mestria.
Fonte: UOLEducação
«Cena de Rua» (Rio de Janeiro, séc. XIX)
Debret

«Entrudo»
Debret

«Cidade de Curitiba»
Debret

«Escravatura»
Debret

«Negros no fundo do porão do Navio»
Debret

«O Caçador de Escravos»
Debret

«Ruínas»
Debret

«NEOCLASSICISMO»  

JEAN BAPTISTE DEBRET

MÚSICAS DO MUNDO

E a música de hoje é...
(18 de Abril de 2008, morre o teclista dos «The E Street Band», Danny Frederici)

BRUCE SPRINGSTEEN & THE E SREET BAND
«She's the One»
She's the One by Bruce Springsteen & The E Street Band on Grooveshark
Poet'anarquista


ELA É A TAL

Com sua graça matadora e seus lugares secretos
Que garoto nenhum pode preencher.
Com as mãos nos quadris
Ah, e aquele sorriso nos lábios
Porque ela sabe que me mata
Com o seu creme suave francês
Parada na entrada como um sonho
Gostaria que ela me deixasse em paz
Porque o creme francês não vai amolecer as botas deles
E beijos apaixonados não irão quebrar esse coração de pedra
Com seus longos cabelos caindo
E seus olhos que brilham como um sol da meia-noite
Oh-o ela é a tal, ela é a tal

Esse trovão em seu coração
À noite, quando você está ajoelhado no escuro
Diz que você nunca vai deixá-la
Mas há este anjo em seus olhos
Que dizem várias mentiras desesperadas
E tudo que você quer fazer é acreditar nela
E hoje você vai tentar só mais uma vez
Deixar tudo para trás e ir com tudo
Oh, ela pode levá-lo, mas se ela te quiser te quebrar
Ela vai descobrir que não é tão fácil de fazer
E não importa onde você dormir esta noite ou quão longe você correr
Oh-o ela é a tal, ela é a tal

Oh-o E com apenas um beijo
Ela preencheria suas longas noites de verão
Com a sua ternura e aquele o pacto secreto que você fez
Nos dias quando o amor dela poderia salvá-lo da amargura
Ah, ela é a tal, oh ela é a tal
Ah, ela é a tal, oh ela é a tal
Ah, ela é a tal, oh ela é a tal

Bruce Springsteen & The E Street Band 

quarta-feira, 17 de abril de 2013

MÚSICAS DO MUNDO

E a música de hoje é...

TEN YEARS AFTHER - «50,000 Miles Beneath My Brian»
50,000 Miles Beneath My Brain by Ten Years After on Grooveshark
Poet'anarquista

50,000 MILHAS EM BAIXO DE MEU CÉREBRO

Eu quero o conhecer
Eu quero mostrar para você
Eu quero o cultivar
Dentro de mim
Eu quero o ver
Eu quero o livrar
Eu quero ser você
Dentro de mim
Me ame 50,000 milhas em baixo de meu cérebro
Me ame 50,000 vezes e então novamente
Você pode me amar com mil olhos?
Você pode ver direito por meus ossos?
Você pode me beijar com mil lábios?
Você pode derreter uma pedra sólida?
Você pode me trazer notícias de mil milhas
Quando você está gritando às estrelas?
Você pode me aproximar de Júpiter
Quando eu sou tudo desligado em Marte?
Queime meus olhos com sua chama
Deixe seu giro mundial livrar
Deixe ir, baby
Eu farei o mesmo
Tudo depende de mim
Deixe ir
É todos o mesmo
Com jóias que você não pode ver
Me ame, me ame, me ame, me ame, me, baby, ame
Traga em casa para mim...

Ten Years Afther

terça-feira, 16 de abril de 2013

MÚSICAS DO MUNDO

E a música de hoje é...
(Mais uma vez, hoje com dois arranjos musicais distintos, de Steve Hackett...)
(Dedicada à Família Galhardas)

STEVE HACKETT - «Sierra Quemada»
(Em algum lugar da América do Sul)
13 Sierra Quemada by Hackett (Steve) on Grooveshark
Poet'anarquista

STEVE HACKETT - «Sierra Quemada»
(Guitarra Noir)
01 Sierra Quemada by Genesis - Hackett (Steve) on Grooveshark
Poet'anarquista