quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Bom Ano Novo Pintura!

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João Paulo Galhardas

Um bom ano de 2010 para todos os Alandroalenses!

Bom Ano Novo Poesia!!!

Aqueles claros olhos que chorando

Aqueles claros olhos que chorando
ficavam, quando deles me partia,
agora que farão? Quem mo diria?
Se porventura estarão em mim cuidando?

Se terão na memória, como ou quando
deles me vim tão longe de alegria?
Ou se estarão aquele alegre dia,
que torne a vê-los, na alma figurando?

Se contarão as horas e os momentos?
Se acharão num momento muitos anos?
Se falarão co as aves e cos ventos?

Oh! bem-aventurados fingimentos
que, nesta ausência, tão doces enganos
sabeis fazer aos tristes pensamentos!

Luís Vaz de Camões

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

FMI- José Mário Branco

PARTE I
PARTE II
Iniciou a sua carreira durante o fascismo, tendo sido perseguido e exilado na França. Trabalhou com José Afonso e Sérgio Godinho, entre outros nomes da música portuguesa. Personalidade irascível e resistente de rara coerência trabalhou igualmente no teatro e no cinema. São obras suas famosas os discos “Ser Solid(t)ário”, “Margem de Certa Maneira”, “A noite” e o emblemático “FMI”, obra síntese do movimento revolucionário português com seus sonhos e desencantos. Esta última foi pelo próprio proibida de passar em quaisquer rádio, TV ou outro tipo de exibição pública. Não obstante este facto “FMI” será, provavelmente, a sua obra mais conhecida.

domingo, 27 de dezembro de 2009

Feliz Natal


John Lennon

Biografia

John Winston Lennon (MBE, Liverpool, 9 de Outubro de 1940 — Nova Iorque, 8 de Dezembro de 1980) foi um ícone do século XX, músico, cantor e compositor britânico. John Lennon fez parte do grupo de rock inglês The Beatles. Quando estava nos Beatles, durante os anos 60, John Lennon formou com Paul McCartney o que seria uma das mais famosas duplas de compositores de todos os tempos, assinando suas canções com Lennon/McCartney. Dentre suas composições famosas junto aos Beatles estão “Help”, “Strawberry Fields Forever” e “All You Need is Love”, “Come Together”, entre outras. Em carreira solo suas composições mais famosas são Imagine, “Woman” e “Happy Xmas”, “Working Class Hero”, “Give Peace a Chance”, “Power To The People”, entre outras.

Lennon também ficou conhecido como o mais rebelde dos Beatles, polêmico em suas entrevistas e comportamento, tornou-se ativista em favor da paz. Foi assassinado em 1980, em Nova Iorque.

sábado, 26 de dezembro de 2009

Em Tempo de Natal


Nativité - Paul Gauguin


RECORDANDO


Natal, como eu recordo neste dia,

Finda a Missa do Galo, a Consoada,

A qual, por todos nós compartilhada,

Era sempre meu pai quem presidia.


O presépio que minha mãe fazia

A um canto, na casa da entrada;

O Menino Jesus, sem dizer nada

Mas que falar connosco parecia!


Natal, um dia cheio de ventura,

Até para quem chora amargurado

A desdita cruel dum mal sem cura,


Em que Jesus, «pobrinho», nu, gelado,

Veio trazer a toda a criatura

O raro bem da Paz tão desejado!


José Galhardas

Alandroal, Dezembro de 1995

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Quadra Natalícia


Natal todos os dias
Feliz Natal!

Pensamento
"A poesia é uma gota de um sentimento... cada rima ou verso serve para demonstrar a emoção que se sente, o coração fala através das palavras e expressa um breve momento imortalizado no tempo."


NATAL

Natal pode ser num mês qualquer
De amor intenso e fraternidade,
Natal será quando um homem quiser...
Amar em cada instante a liberdade!

POETA

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Transtagano

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João Paulo Galhardas


ANJO


“ À noite dorme comigo

Um anjo que eu vejo.

Anjo da guarda amigo

Quero sentir o teu beijo! “


Todas as noites um anjo adormece

Na janela que dista para a margem.

Do lado de cá… o dia amanhece,

E os sonhos seguem sua viagem!


Todas as tardes faz seu regresso

Para os braços que viram nascer.

Do lado de lá… um novo começo,

A mesma vontade de adormecer!


Parecem longas as horas passando

Quando espero esse feliz momento…

Porque o tempo passa esquecendo

Sem nunca ouvir qualquer lamento!


Fico aguardando pela tua chegada

Ao entardecer nesse corpo alado…

Onde suaves aromas da madrugada

Me trazem de volta o anjo amado!


“ À noite eu sinto

O anjo dentro de mim…

Sei que não minto

Por sonhar tanto assim!”


Matias José ( 03-06-2009 )


sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

A MÁSCARA- Molde em pasta de papel

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João Paulo Galhardas

POESIA

Enquanto

Enquanto você
Se esforça pra ser
Um sujeito normal
E fazer tudo igual...

Eu do meu lado
Aprendendo a ser louco
Maluco total
Na loucura real...

Controlando
A minha maluquez
Misturada
Com minha lucidez...

Vou ficar
Ficar com certeza
Maluco beleza
Eu vou ficar
Ficar com certeza
Maluco beleza...

E esse caminho
Que eu mesmo escolhi
É tão fácil seguir
Por não ter onde ir...

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

DAMA

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João Paulo Galhardas


POESIA


Transcendental


Lise – um amor perfeito aveludado,

duma rosa o perfume rescendente;

a moça mais formosa e surpreendente

que já se viu em todo o “povoado”!


Loiro cabelo, de oiro refulgente…,

rosto sem “rouge”, lábio avermelhado,

perfil correctamente delineado,

Lise é a admiração de toda a gente!


Poema grandioso, memorável,

dum “vate insigne” de genial talento,

da arte de sonho, a graça incomparável,


Lise é, por si somente, um Monumento;

e é transcendentalmente admirável

em todo o gesto, em cada movimento.


José Galhardas

Anta da Candeeira- Aldeia da Serra

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É visível a abertura no esteio de cabeçeira da anta, o povo chama-lhe "Buraco da Alma" (Foto de Conceição Roque com neve no Alentejo).

POESIA


Buraco da Alma


para os lados de “ Vila Cheia “?!...

Num lugar de encantar...

Uma Alma em seu Buraco

Não se cansa de esperar.

Sei que por mim anseia...

Para estar perto, a seu lado,

E poder enfim libertar

Este ser... Seu ser amado!


Matias José

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Fernando Pessoa

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João Paulo Galhardas

AUTOPSICOGRAFIA

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.

Fernando Pessoa

domingo, 13 de dezembro de 2009

Fluir da alma

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João Paulo Galhardas

BREVE

Tudo é tão breve
Neste espaço de tempo...
Tudo tão fugaz!
E nem um lamento,
Um sinal de paz!
Tudo tão leve
Como o instante
Em que se crê...
Tudo ser capaz!

Matias José